19.5.14

Diferença Óleos Virgens (prensado a frio) X Óleos Refinados

Compartilho com vocês essa entrevista com o nutricionista Henrique Freire, especialista em óleos e gorduras, publicada no site Eu Bem Melhor. Com intuito de esclarecer o motivo que preferimos utilizar  óleos prensado a frio.

Óleos virgens X óleos refinados 

Para especialista, preço de produtos ainda fala mais alto do que os benefícios à saúde
No mundo de hoje, gordura não é mais um tópico proibido. Estudos apontam cada vez mais a ingestão apropriada de ácidos graxos essenciais (AGEs) na alimentação e o desenvolvimento dos produtos a partir dessas gorduras para prevenir doenças e auxiliar diversos tipos de tratamentos. Porém, tão importante quanto a ingestão dos tipos corretos de gordura são os cuidados durante a fabricação dos óleos naturais, a fim de que sejam mantidas todas as propriedades naturais dos AGEs. E, já que o assunto merece um olhar especial, o Eu Bem Melhor convidou o nutricionista pós-graduado em nutrição funcional e mestre em nutrição humana Henrique Freire Soares, de Brasília, que ressaltou ainda mais a importância dos ácidos graxos na alimentação e as formas corretas da ingestão dessas gorduras. Confira:   Henrique, o que dizem os últimos estudos a respeito da atuação dos ácidos graxos em nossa saúde? Quais as principais novidades da área? Estudos mais recentes têm confirmado cada vez mais a importância dos AGEs para a saúde de todo o corpo. Há diversos trabalhos que focam áreas diferentes da saúde e, em muitos deles, é possível apontar os AGEs como coadjuvantes na prevenção ou o tratamento de muitas doenças. Alguns estudos apontam, por exemplo, o ácido graxo ômega 3 encontrado no óleo da linhaça e do peixe como protetor cardiovascular e coadjuvante na prevenção de demências e na preservação das funções cerebrais, a composição de ômega 3, 6 e 9 do óleo da linhaça para a cicatrização de feridas em pacientes com queimaduras, o óleo da semente de abóbora como um grande auxiliar no tratamento do câncer de próstata, etc. Ou seja, atualmente, são muitos os estudos que comprovam a eficiência desse tipo de gordura para a saúde. E o que dizem os estudos a respeito das formas de extração dessas gorduras? Qual a maneira mais adequada de extrair óleos, preservando os todos os nutrientes naturais das matérias-primas? A forma ideal de extração de óleos é a prensagem a frio, que prensa as sementes uma única vez sem utilização de nenhum tipo de solvente ou calor, garantindo a manutenção da composição original das sementes e, portanto, as propriedades naturais dos AGEs, tão importantes para a saúde do corpo. Por que o refino para a extração dos óleos ainda prevalece sobre a extração a frio? É possível reverter essa situação? O refino ainda é a prática mais usada porque aumenta a produção final de óleos e resulta em produtos com um prazo de validade maior do que a de óleos extraídos por prensagem a frio, gerando maior rentabilidade para o produtor e para quem os comercializa. De contrapartida, a qualidade nutricional dos produtos é inversamente proporcional: a utilização de solventes e de altas temperaturas aumenta o rendimento da extração do óleo de sua fonte original, mas compromete a qualidade nutricional, gerando ácidos graxos oxidados e hidrogenados. Além disso, alguns produtores também adicionam outras substâncias químicas indesejáveis aos óleos, como o níquel, para catalisar as reações químicas, o que compromete ainda mais a qualidade do produto. Como nutricionista, espero que consigamos reverter essa situação por meio da educação nutricional e conscientizar a população de que os óleos virgens são os de maior valor nutricional e os únicos que podem prevenir doenças.

Fonte:  http://eubemmelhor.com.br/diferenca-entre-oleos-virgens-e-oleos-refinados/